A princípio o pensamento da família era dar uma educação de qualidade para que Agostinho pudesse vir a ser um professor ou até mesmo um membro da administração imperial, dessa forma Agostinho foi educado onde seus pais nasceram no Norte da África e a todo o momento era influenciado pela sua mãe a se tornar cristão. Porém de certa forma Agostinho resistiu bem aos conselhos da mãe. Foi mandado para Numídia quando tinha onze anos, lá aprendeu práticas do paganismo e passou a seguir a crença.
Quatro anos depois, Agostinho voltou pra casa e continuou a estudar. Certa vez leu o diálogo de Hortensius de Cícero, o que acabou fazendo com o que o jovem se interessasse pela filosofia e posteriormente se tornou praticante do maniqueísmo (filosofia religiosa dualística fundada e propagada por Maniqueu que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo).
Anos mais tarde, já com dezessete anos, Agostinho foi enviado por seu pai a Cartago para prosseguir com seus estudos na hoje famosa retórica. Lá conheceu uma jovem com a qual teve um filho, chamado Adeodato. A mulher era uma concubina, já que Agostinho vivia como um pagão intelectual.
Certa vez em Cartago, Agostinho se decepcionou com um líder do maniqueísmo chamado Fausto e simplesmente abandonou a crença. Seguindo para Roma, ele passou a ler os pensamentos de Platão e passou a seguir o movimento cético da Academia Neoplatónica. Conforme foi desenvolvendo seus estudos, Agostinho acabou realmente virando cristão (para felicidade de sua mãe), mas o que se tronou preponderante para sua conversão foi uma conversa que teve com um bispo de Milão, chamado Ambrósio. Sua mãe apesar de estar feliz pela mudança religiosa do filho, queria que ele se separasse de sua esposa atual com quem vivia ilegalmente e fosse se casar com outra mulher, assim seguindo os preceitos de um cristão. Sendo assim, posteriormente sua mulher foi enviada a África e Agostinho acabou casando com uma concubina.
Em 386 após ter estudado a vida de António do Deserto, de Atanásio de Alexandria, Agostinho resolveu largar sua carreira na retórica e se converter ao cristianismo católico, também largou a ideia de se casar e passou a seguir fervorosamente as práticas do sacerdócio. Ambrósio batizou Agostinho, juntamente com seu filho, Adeodato, na vigília da Páscoa, em 387, em Milão, e logo depois, em 388 ele retornou à África. Em seu caminho de volta à África sua mãe morreu, e logo após também seu filho, deixando-o sozinho, sem família.
De volta a África, Agostinho vendeu tudo o que tinha de valor e deu aos pobres. A única coisa que não vendeu foi a casa de sua família na qual transformou em uma fundação monástica.
Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona, em 396, foi eleito e pouco depois bispo principal. Ele permaneceu nessa posição em Hipona até sua morte em 430.
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